Para que não haja a proliferação de dinoflagelados em
aquários de corais, é importante que o aquarista mantenha seu aquário
balanceado, por isso é muito importante fazer os testes de ICP e N-
DOC. Estando
o aquário balanceado, todo o ecossistema vai competir entre eles e não vai
haver a proliferação de um determinado patógeno que seja oportunista.
Porém caso, haja desarranjo no fosfato e nitrato para concentrações próximas de zero ou muito elevadas, além dos elementos traços é possível que haja um desenvolvimento excessivo e levar à morte de animais.
Para aquários de corais com fauna mista o ideal é que a concentração de nitrato (NO3) esteja entre 5 e 10 ppm e fosfato (PO4) entre 0.05 a 0.1 ppm. Em aquários onde haja dominância de corais SPS a concentração de nitrato (NO3) deve estar entre 3 e 5 ppm e fosfato (PO4) entre 0.03 a 0.05 ppm.
Carbonos e aminoácidos servem de alimento para alimento para os dinoflagelados. Se a proliferação de dinoflagelados estiver começando a se manifestar em um aquário é recomendável que o aquarista reduza (não pare) a dosagem de carbonos, bem como diminuir a dosagem de aminoácidos, e faça um teste de ICP para verificar se não está havendo um desbalanceamento.
Impulsione a proliferação de carga microbiológica no tanque com copépodes e fitoplancton vivos. A adição de “blend” de bactérias benéficas também ajuda. A redução da programação de iluminação para 5 a 6 horas no máximo, reduzindo luz branca, verde e vermelha, deixando mais a luz azul em explosões de dinoflagelados também diminui o crescimento. A adição de carvão ativado em uma área do sump com um alto fluxo de água também ajuda a remoção de algumas toxinas de dinoflagelados (algumas são bastante tóxicas).
Todos os itens acima podem ser feitos antes que você tenha uma identificação de dinoflagelados e são extremamente recomendados, pois isso ajudará a manter seu aquário saudável. Além disso, uma circulação de água alta e eficiente, a ozonização e a utilização de um filtro de luz ultravioleta compatível com o sistema também vai ajudar bastante para impedir o aparecimento desses organismos indesejados.
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Escrito por Dr. Pedro Henrique M. Cardoso, Médico-Veterinário Responsável Técnico – Ipiranga Peixes
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